19. As causas da Terceira Guerra
Ao examinarmos este grande épico às avessas que são as Centúrias, podemos observar que certos fatores, como de ordinário para outras guerras, contribuem sobremodo para a criação do clima de animosidades entre os países e decorrente Terceira Guerra. Em nosso entendimento, quatro são os pontos chaves nas previsões deste evento:
Economia – falência do mundo financeiro;
Meio ambiente – aquecimento global e uma sucessão de eventos catastróficos;
Crise energética – alta nos preços do petróleo;
Política – falhas na diplomacia e manutenção da paz.
É evidente que esses fatores não atuam sozinhos, todos concorrem para um panorama de crise global nunca antes experimentada pela humanidade. Assim, a falência do mundo financeiro está relacionada com o aquecimento global, a alta nos preços do petróleo e com a política desenvolvida pelas nações. Todos esses itens misturam num emaranhado de único e frágil fio de lã. Acontece que o fio pode arrebentar e desencadear a sucessão dos eventos que determinarão a guerra, conforme veremos nas Centúrias.
Sobre os problemas econômicos, em especial os macroeconômicos, mercado financeiro e de capitais, já tivemos oportunidade de adiantar alguns aspectos no capítulo anterior. Quanto aos outros três pontos, vamos examiná-los com mais paciência nos próximos capítulos. Fiquemos por enquanto com essa quadra que, em outras palavras, nos diz que a paz sempre foi efêmera:
II.40
Vn peu apres non point longue interualle,
Par mer et terre sera faict grand tumulte:
Beaucoup plus grande sera pugne nauale,
Feux, animaux, qui plus feront d'insulte.
[Pouco depois do intervalo não muito longo, por terra e mar será um grande alvoroço: as batalhas navais serão as mais importantes, a ferocidade será maior do que a própria guerra].
20. Meio ambiente: o aquecimento global
Présage XLI. Iuillet.
Predons pillez chaleur, grand seicheresse,
Par trop non estre. cas non veu, inoui:
A l'estranger la trop grande caresse,
Neuf pays Roy. l'Orient esblouy.
[Os ladrões farão pilhagens durante uma longa seca, que constituirá um acontecimento jamais visto. Os países estrangeiros serão tratados com pouca energia. O Oriente seduzirá nove países].
A grande seca nos parece ser decorrência dos desequilíbrios de temperatura na superfície terrestre, ao qual chamamos de aquecimento global. Seca e fome têm que ser conjugadas sempre juntas. Logo, as pilhagens serão proporcionais ao tamanho da seca e da fome. E numa louca tentativa para salvar a economia mundial, movidos mais por medo do que por convicções políticas, nove países do Ocidente se deixarão seduzir pelo Oriente, no caso, a China com mais de 1,3 bilhão de habitantes, prontos para deixarem suas fronteiras em busca de meios de sobrevivência. Essa equação nos parece simples: a soma de seca com fome e penúria tem por resultado a guerra.
Essa grande seca, a qual se refere Nostradamus, e seus efeitos estão presentes em quase todas as quadras e presságios que tratam da Terceira Guerra e seus desdobramentos. Portanto, é necessário que façamos aqui um breve estudo das atuais condições climáticas para verificarmos o grau da possibilidade imediata desse acontecimento catastrófico.
O aquecimento global é decorrente da junção de vários outros fatores relacionados ao meio ambiente, como por exemplo, o efeito estufa, com uma concentração além do normal de gases na atmosfera que aprisionam calor sobre a superfície terrestre. Mas não é só isso, junto ao fenômeno do efeito estufa também está o aparecimento de buracos na camada de ozônio, o que nos deixa vulneráveis aos efeitos nocivos da radiação ultravioleta emitida pelo Sol.
Esses fenômenos, sentidos com maior intensidade a partir do final do século passado, são causados diretamente pelo homem, com o aumento da poluição verificada a partir da Revolução Industrial, ocorrida nos meados do século XVIII. A indústria trouxe o progresso para o mundo e permitiu o atual estágio em que vivemos. O problema é que o nosso suposto conforto, obtido com esse não menos suposto progresso, aponta para danos terríveis à natureza. A desertificação é um sinal claro que o nosso modo de vida está afetando o meio em que vivemos. De acordo com dados doWorldwatch Institute, cerca de 15% da superfície terrestre sofre algum tipo de desertificação – com a redução da vegetação e capacidade produtiva do solo. Coloquemos nessa conta de subtração, as chuvas ácidas, a poluição do solo e das águas, o desmatamento, a erosão e teremos um quadro nada promissor para a saúde do planeta.
O aumento de 1º Celsius na temperatura média da terra é suficiente para alterar o clima de várias regiões e, segundo os cientistas que apresentaram trabalhos no Painel Intergovernamental Sobre Mudança no Clima (IPCC) das Nações Unidas, o século passado foi o mais quente dos últimos 500 anos, com aumento da temperatura média entre 0,3 ºC e 0,6 ºC. Ora, somos forçados a apontar novamente a falta de parâmetros para Nostradamus fazer suas previsões, principalmente no que se refere ao clima. Pelo que sabemos, em sua época, nem mesmo o termômetro havia sido inventado. O primeiro termômetro só apareceria em 1592, exatos trinta e seis anos depois da morte do profeta, inventado por Galileu Galilei (1564-1642).
No século em que viveu Nostradamus e nos anteriores a ele, não existem registros de seca ou crise agrícola, muito pelo contrário, o século XVI foi de superprodução na Europa. “No século XVI a elevação generalizada dos preços e a conseqüente propensão a investir levaram a um crescimento da produção, que no século XVII estava acima da possibilidade de absorção do mercado”. [Franco Júnior & Chacon, p.132]. Além disso, o período de maior fome na Europa (1315-1317), portanto, 200 anos antes do nascimento de Nostradamus, foi causado pelo excesso de chuvas, que não permitiam a germinação das sementes dos cereais, elas simplesmente ficavam podres.
Mas, voltemos ao nosso fértil solo, às profecias de Nostradamus, e poderemos verificar que outros fenômenos podem concorrer com o aquecimento global, inclusive para aumentá-lo, como por exemplo, o deslocamento dos pólos magnéticos em relação ao eixo terrestre, ou ainda, a alteração na inclinação desse eixo:
I.56
Vous verrez tost et tard faire grand change,
Horreurs extremes et vindications:
Que si la Lune conduite par son ange,
Le ciel s'approche des inclinations.
[Mais cedo e mais tarde você vai ver grandes mudanças, horrores extremos e vinganças: e se a Lua tivesse sido levada por seu anjo. O céu se aproxima das inclinações].
Um claro aviso de Nostradamus sobre os horrores da guerra e uma mudança generalizada nas coisas que afetam o nosso planeta. O céu e a Lua, símbolos da constância estariam em desacordo com o que se espera deles. A Terra mergulhada em tal escuridão (o anjo da morte) que nem se pode mais ver a Lua. O eixo terrestre estará muito inclinado devido aos desastres naturais, terremotos e vulcões e até mesmo grandes explosões atômicas:
IV.30
Plus unze fois Luna Sol ne vouldra,
Tous augmenté et baissez de degrez:
Et si bas mis que peu or on coudra,
Qu'apres faim peste, descouuert le secret.
[Por mais de onze vezes Lua e Sol desaparecerão, tudo aumentado e diminuído de grau: colocados tão embaixo que até o ouro escurecerá. Depois da fome e da peste, descoberto será o segredo]. (Leia o capítulo completo aqui: http://nostradamusprofecia.blogspot.com.br/p/a-iii-guerra_6.html)
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